A recente notícia de que a Amazon cortará 14 mil postos de trabalho em funções estratégicas, como recursos humanos e publicidade, acendeu um alerta global sobre o impacto da inteligência artificial (IA) no mercado de trabalho. A justificativa da empresa, de que a medida está relacionada à expansão da IA e à busca por maior eficiência, não é um caso isolado, mas sim um indicativo claro das transformações que já estão em curso e que devem se intensificar nos próximos anos.
O anúncio da gigante do varejo se soma a outros movimentos do setor de tecnologia que apontam para uma nova era. Enquanto a Amazon demite, a Nvidia se tornou a primeira empresa da história a atingir o valor de mercado de US$ 5 trilhões, impulsionada pela alta demanda por seus chips, essenciais para o desenvolvimento de IAs. A Apple, por sua vez, também alcançou a marca de US$ 4 trilhões. Esses números astronômicos refletem a corrida das big techs pela supremacia em um cenário onde a IA generativa é vista como a tecnologia mais transformadora desde o surgimento da internet, como afirmou a própria vice-presidente de RH da Amazon, Beth Galetti.
Diante desse cenário, a pergunta que muitos profissionais se fazem é: meu emprego está em risco? A resposta não é simples. Funções de apoio e tarefas repetitivas, que podem ser automatizadas, são as mais vulneráveis. No entanto, a IA também está criando novas oportunidades e demandando habilidades inéditas. Profissionais capazes de trabalhar em conjunto com a tecnologia, utilizando-a para potencializar suas capacidades, terão um diferencial competitivo. A criatividade, o pensamento crítico, a resolução de problemas complexos e a inteligência emocional são competências humanas que as máquinas ainda não conseguem replicar e que se tornarão cada vez mais valiosas.
Para navegar com sucesso por essa transição, a requalificação profissional é fundamental. Não se trata mais de uma opção, mas de uma necessidade. Investir em aprendizado contínuo, buscar entender como a IA pode ser aplicada em sua área de atuação e desenvolver novas habilidades são passos cruciais para se manter relevante no mercado de trabalho do futuro. O caso da Amazon, embora preocupante, serve como um chamado para a ação. A transformação já começou, e a capacidade de adaptação será o principal fator de sucesso para profissionais e empresas nos próximos anos.
 
		